sábado, 27 de julho de 2019

última carta aos leitores

Falo com orgulho que hoje atingi meu ápice, o famoso fundo do poço.
Já não sinto sequer vontade de lutar por mais nada nesse plano carnal, não tenho sonhos, não tenho espectativas, não me sinto capaz (ou merecedora) de continuar sendo um peso para aqueles que se preocupam, ou um incômodo para aqueles que não ligam.
Não aguento mais me sentir mal em minha própria compania, não aguento mais tudo a meu redor só me empurrando mais para baixo, quase como se pedissem para eu fazer isso...
Tentei por muito tempo arrumar sonhos, motivos, razões para continuar aqui...mas ao invés de motivos para seguir sempre encontro mais motivos para desistir de vez, é horrível alimentar uma esperança tão vazia por tanto tempo, a dor quando ela se vai é imensurável.
Cansei de implorar por ajuda, por refúgio, por proteção, se não consigo me virar sozinha, realmente sou fraca demais para prosseguir. Cansei de ser escrava da minha própria cabeça, esta moldada detalhadamente por uma familia tóxica e um meio social pior ainda fazem com que agora que me encontro em um lugar melhor, com pessoas melhores, eu não consiga sentir que mereço isso. simplesmente não dá. Odeio o que me tornei, mas não tenho motivos ou força de vontade pra tentar mudar. Mas tudo bem, por que essa é a última vez que falarei sobre. Não pedirei mais ajuda ou apoio, não mereço isso, acho que já chegou minha hora de fazer o inevitável, mas deixo aqui essa minha despedida para que ninguém se lamente ou algo do tipo. Não mereçi a compaixão e amor de ninguém em vida, não vai ser em morte que vou merecer.
Me desculpem.

sábado, 2 de junho de 2018

Verdades merecem ser ditas

Eu cansei de me machucar
De me iludir
De sempre dar o melhor de mim para não receber nada em troca
Seria eu o problema?
Eu deveria me adequar à sociedade
Ser normal, uma adolescente qualquer
Que segue modismos e não tem profundidade?
Deveria eu me tornar só um rostinho bonito e uma mente superficial pra finalmente conseguir ser feliz?
Já não basta eu ser inconformada com as hipocrisias sociais que eu presencio? 
Já não basta eu me sentir inútil por não conseguir fazer nada para ajudar quem precisa?
Esse sentimento de inutilidade, de impotência diante a tantos problemas dessa sociedade.
Só eu que sinto um fardo por não conseguir fazer nada...?
Seria esse sentimento que me impede de ser feliz?
No final das contas eu deveria ser mais uma a ignorar tudo isso e tentar viver uma vida cheia de mentiras e idealização escondendo uma existencia vazia e sem sentido...? 
Não

Pra mim Não.
Já deu.


quarta-feira, 4 de maio de 2016

"Estou te observando"

Eram exatamente 3:00 da manhã, acordei após um longo pesadelo e resolvi tomar uma água. Sai do quarto em direção as escadas e vi alguns brinquedos jogados pelos degrais, e não me importei, pois tenho dois filhos, mas uma coisa me chamou a atenção, em meio aos brinquedos tinha um ursinho q eu nunca tinha visto, pois sou eu quem compra os brinquedos, deve ter sido presente de algum colega. Fui na geladeira, peguei um jarro e coloquei a água no copo, mas enquanto a água caia, eu podia jurar que estava escutando algo sendo arrastado, deve ter sido o cachorro. No caminho de subida à escada, eu olhei no relógio e percebi que demorei 30 minutos só indo beber água, então subi rapidamente e sem querer pisei em cima do ursinho, que agora estava todo rasgado e com um bilhete nas costas escrito: "estou te observando", fiquei um pouco assustada e rapidamente subi as escadas e fui para meu quarto olhar as câmeras, acordei meu marido, lhe contei rapidamente a história e fomos ver as filmagens:
Exatamente às 3:00 a filmagem cortou e reapareceu, mas somente no quarto onde meus filhos dormiam, e na imagem havia algo diferente, tinha uma espécie de palhaço em pé ao lado dos meus filhos os observando, ao ver isso eu surtei e tentei sair do quarto mas a porta estava emperrada, meu marido ficou tentando quebrar a porta e ligar para a polícia enquanto eu via o resto da filmagem...e o que eu vi foi algo traumatizante para qualquer mãe. O palhaço continuava a observar fixamente meus filhos até aparecer uma garotinha atrás dele com um ursinho nas mãos, e ao ver melhor, ela tinha um corte enorme no pescoço e falava para o palhaço:-vc n quer brincar comigo? O palhaço comtinuava a observar meus filhos. A garotinha repetiu a pergunta varias vezes até que o palhaço virou para ela e a sufocou com suas proprias mãos e dizia:-eu estou apenas observando, mas se você não quer assim, vamos brincar do seu jeito.
Após essa frase infame a imagem cortou por uns 3 minutos e voltou, e quando voltou entrei em pânico: meus filhos estavam esquartejados e suas cabeças foram postas no meio do quarto, como se eles estivesses olhando fixamente para a câmera, e escrito em sangue do lado: estamos te observando.
Nesse instante a Polícia chegou, achou somente os corpos dos meninos...totalmente dilacerados.
Sem provas eles me levaram para um manicômio e me internaram, meu marido cometeu suicídio, e depois disso...eu sonho com esse palhaço todos os dias me dizendo a mesma frase:"estou te observando".

segunda-feira, 2 de maio de 2016

The Rose Memories - parte 2

...finalmente o ceifeiro olha nos meus olhos com um ar vazio, estala os dedos e me manda para outro lugar.
Este lugar era surpreendentemente melhor do que eu imaginava, colinas de campos cor de neve e vários rios de ouro cobriam o ambiente, e uma melodia suave se espalhava por toda parte dando uma sensação de paz e tranquilidade. Quando fui me mover porém vi três vasos de cerâmica com meu nome escrito neles, uma criatura alada chegou do meu lado, observou os recipientes e mandou que eu fosse ao templo, que ficava bem ali no centro do local.
Após uma curta caminhada chego ao templo, digno dos caprichos de imperadores gregos, com uma arquitetura fascinante. Então cheguei ao portão do templo, e ao abri-lo, senti uma sensação ruim, e o que eu iria ver ao entrar seria a confirmação da minha hipótese: me deparei com uma estátua de anjo com uma espada encravada no peito coberta por rosas negras, em cada uma das mãos haviam vasos dourados semelhantes aos que eu trazia comigo, e em seus pés havia um pequeno vaso vermelho. Me aproximei para ver melhor quando repentinamente aparece um cavaleiro negro atrás de mim:
-está na hora de seu julgamento.
-Mas quem seria você?! Perguntei desesperada
-Sou a peste, um dos cavaleiros templários. Sem mais conversa, entregue-me esses três vasos.
Trêmula entreguei os vasos ao peste, que pegou cada um deles e derramou em um dos vasos presentes na estátua de anjo, quando ele terminou, os vasos se quebraram e  cobriram a estatua com um líquido negro e viscoso, deixando os olhos dela vermelhos, o que a fez se mover, retirando a espada negra de seu peito e me perfurando bem no coração.
-cada um daqueles vasos continham um tipo diferente de sentimento maligno existente em você, seu julgamento terminou, agora cumprirá sua sentença- falou o peste antes que eu pudesse desmaiar.
...
Acordei com uma dor imensa no corpo, no entanto me sentindo mais leve, em um lugar totalmente branco, e olhando ao redor não pude ver nada, mas escutei uma doce voz me dizendo:-precisamos conversar minha linda.

sexta-feira, 18 de março de 2016

The Rose memories - Parte 1

...Então acordei em um quarto negro, com várias rosas vermelhas no chão e quadros mostrando minha família, em um tom mais acinzentado que o normal. Levantei da cama vermelha sangue em que estava deitada, com um pouco de dor nos punhos, e fui em direção a porta, a cada passo que dava, os espinhos das belas rosas perfuravam meus pés, me fazendo sentir uma dor maior do que a normal para um simples arranhão. Após essa caminhada dolorosa cheguei a porta, temendo o que eu poderia encontrar do outro lado, hesitei em abri-la, mas sentia algo me chamando, estava sendo atraída por alguma coisa do outro lado dessa velha e misteriosa porta, e para minha infelicidade, era algo que nem mesmo eu poderia explicar.
   Ao abrir a porta me deparei com um corredor que parecia não ter fim, com as paredes negras, um longo tapete vermelho no chão e vários quadros pendurados ao longo do misterioso corredor. Fui analisar mais de perto os quadros em Preto e branco, e percebi que igual aos quadros que haviam no quarto, eles mostravam momentos de minha vida, desde meu nascimento, primeiros passos, escola, até...quando menos esperei, cheguei ao final do corredor, tinham apenas mais dois quadros: um onde eu atirava em minha cabeça, e outro...que estava sem nada. Foi então que percebi como havia chegado ali e o que era tudo aquilo, eu estava morta, mas por algum motivo, sentia que não estava tudo acabado. Após essa reflexão me virei e olhei para trás e não vi mais nada, quando olhei novamente para os últimos quadros senti um calafrio: eles não estavam mais lá, somente uma figura sombria, com uma capa em um tom vermelho escuro e uma foice, escutei algo dizendo em minha mente:"ai está o mensageiro".Ele não falou nada nem mostrou seu rosto por alguns instantes, após alguns segundos agonizantes naquela presença, que mais pareceram horas, ele estalou os dedos e o corredor reapareceu, agora negro com os quadros gritando desesperados pedindo por piedade, quando eu senti minhas pernas sendo envolvidas por ramos de espinhos e me puxando para baixo, rapidamente meu corpo foi envolto por completo, quando o mensageiro soltou uma gargalhada, me deixando inconsciente e em estado de coma, até resolver por um fim de vez na minha vida patética com um simples movimento com sua foice....mas ele não fez, preferiu me deixar sendo atormentada pelas minhas memórias....talvez precise de mim viva...por enquanto.
  

Bem vindos ao blog!

Oi galera! Venho aqui para oficializar as atividades do NightFortune, trabalharei com creepypastas, teorias e perguntas mais frequentes, espero que vocês gostem e que os jogos começem!